Não gosto de responder só “sim” ou “não” ao que quer que seja. Gosto de mostrar que sei tomar decisões firmes, mas não sei. Não sei fazer balanços frios do que se passou durante um ano nem fazer resoluções para o ano seguinte. Não gosto de pensar no que fiz só porque estamos a chegar ao fim do ano mas porque me faz bem pensar no que ganhei e no que perdi durante determinado período de tempo. Não sei dizer se este ano foi bom ou mau. Não sei fazer o balanço entre o que perdi e o que ganhei e dizer se é positivo ou negativo. Aliás, nem sequer sei enumerar o que perdi e o que ganhei, acho sempre que ganho e perco em tudo aquilo que faço. Não gosto de prometer sem certezas e dificilmente tenho certezas por isso não tenho muito jeito para promessas. Muito menos jeito tenho para fazer promessas a mim mesma, raramente as cumpro. Detesto aquela ideia de “ano novo, vida nova” acho que impõe mudanças e se eu já não gosto de mudanças detesto aquelas que só acontecem por imposição. Só gosto de mudar quando sinto que devo, se não for para me sentir melhor comigo, que seja por alguém de quem gosto muito mas detesto que me peçam para mudar o que quer que seja para agradar a alguém que não me diz nada. Não sei mudar assim. Não gosto que as pessoas deixem tudo para fazer na passagem de ano “a partir do dia 31 nunca mais … no dia 1 começo a …” gosto de decidir as coisas e começar logo antes que perca o interesse nisso, acho que a maioria das coisas só resulta assim. Gosto de mensagens de ano novo que falam sobre o que mudou durante o ano, acho que são balanços interessantes, muito diferentes daqueles balanços frios de que falei e que neste caso se iriam traduzir em simples “gosto mais de ti este ano” ou “desiludiste-me muito”. Gosto de coisas
explicadas, mensagens grandes e explícitas que nos façam reflectir sobre o que fizemos
durante o ano. Gosto de pensar que “os de verdade se mantêm sempre lá”.Detesto reparar
que “os de verdade” mudam constantemente e acabam por ser cada vez menos. Resumidamente,
não dou valor àquilo que muda quando soam as 12 badaladas, dou valor a tudo o que passou antes delas.
explicadas, mensagens grandes e explícitas que nos façam reflectir sobre o que fizemos
durante o ano. Gosto de pensar que “os de verdade se mantêm sempre lá”.
não dou valor àquilo que muda quando soam as 12 badaladas, dou valor a tudo o que passou antes delas.
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