segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

sonho *

Sabes, um dia destes sonhei contigo. Mandaste-me uma mensagem num sábado a pedir que na segunda seguinte fossemos almoçar sozinhas porque tinhas saudades e porque segundo a mensagem nós não andávamos muito bem! E eu senti o mesmo e disse-te que íamos, claro! Foi mesmo um sonho!
Infelizmente, agora nunca almoçámos sozinhas nem sequer juntas. Infelizmente, mal nos vemos! A única parte verdadeira do sonho são as saudades muito presentes na realidade.
Quanto ao não andarmos bem, felizmente, também é só do sonho! Estamos bem, apesar de tudo. E entenda-se por tudo a distância que já é mais que suficiente para abalar muitas amizades. E não digo que não tenha abalado a nossa, bem pelo contrário. Ao início foi mesmo difícil, chateamos-nos, perdemos alguma confiança uma na outra e afastamos-nos muito além do que era necessário e permitido numa amizade (não numa amizade qualquer, mas numa amizade como a nossa). Passou e estamos bem, felizmente!
Continuo a sentir muito a tua falta e custa-me não poder contar-te o que acontece no minuto (ou, pelo menos, no dia) seguinte. Custa-me muito sentir que tu estás mal e não te querer perguntar porquê por não saber se te vou magoar mais. Custa-me muito não te conseguir ajudar como sempre fizeste e fazes da melhor forma que consegues. Custa-me muito não te ver todos os dias e não poder chorar nunca por não ter ninguém igual a ti para me ouvir. Custa-me muito, mesmo muito! Se calhar custa-me o que custava a qualquer pessoa mas que agora só me dói a mim porque só eu é que estou a passar por isto.
Mas já custou muito mais. Como acontece com tudo, habituei-me. Por muito estranho que pareça a qualquer outra pessoa certamente que me entendes e não ficas magoada por isto! Habituei-me a estar sem ti durante uma semana, a ver-te só quando podemos, a contar-te as coisas quando dá. E agora parece que me estou a contradizer, mas não. Habituar-me não significa que me seja indiferente e que não me doa, significa apenas que não choro sempre que penso nisso e que já percebi que tinha mesmo de ser. E só percebi agora!
É verdade, é a primeira vez que te escrevo depois de me habituar à tua "ausência", se é que se lhe pode chamar assim! E sabes, estou mesmo contente por nós. Se calhar nunca te fui tão sincera em relação a isto mas nunca tive a certeza de que conseguíssemos ultrapassar completamente isto. Enganei-me, felizmente! Passamos e estamos juntas e bem! Bem como se calhar não estivemos muito tempo. E eu admito, que agora dou-te muito mais valor, como acontece sempre com o que não se tem. No caso, com o que não se tem por perto porque ter tenho-te da mesma forma. Continuo sempre aqui, bem sabes! Amo-te minha Cláudia!

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